
(Foto: Arte/TV Globo)
A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, começou nesta semana o processo de seleção dos pacientes para o estudo clínico da terapia celular CAR-T Cell. Em dezembro, o Ministério da Saúde liberou R$ 100 milhões para a pesquisa da técnica que usa as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório para combater o câncer no sangue. De acordo com Rodrigo Calado, diretor-presidente do Hemocentro de Ribeirão Preto, a terapia desenvolvida na USP e no Hemocentro de Ribeirão Preto muda a perspectiva de vida de pessoas que lutam contra a leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B.
Pacientes com idade de três a 70 anos que não responderam bem aos tratamentos convencionais para as doenças, como quimioterapia, transplante de medula óssea e radioterapia, são elegíveis.
“A triagem é feita exclusivamente por meio do médico do paciente. Pode ser em qualquer lugar do país, mas o médico precisa entrar em contato com as equipes dos hospitais que vão fazer o tratamento e avaliar se esse paciente é candidato para o tratamento. Esse diálogo entre a nossa equipe médica e o médico do paciente é fundamental para a triagem”, afirma o diretor-presidente do Hemocentro.
Os testes clínicos devem durar um ano, mas os pesquisadores estão esperançosos de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possa registrar a nova terapia em 2025 para que seja disponibilizada aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).