
(Foto: Reprodução Instagram)
Após negar uma vaga destinada a cota de pretos e pardos a uma candidata de Ibaté (SP), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) voltou atrás e validou a autodeclaração de Livian Malfará de Mesquita Dias, de 18 anos, aprovando-a para o curso de engenharia da computação.
A universidade diz que a vaga de Livian havia sido aprovada na entrevista, mas houve um erro no sistema
A convocação para a vaga foi feita por telefone em 8 de março, três dias antes do início das aulas. Livian pediu que fosse enviado um e-mail formalizando o chamamento, porém, recusou a vaga na quarta-feira (13). “Além de ser inviável ir de última hora e arrumar passagens assim, não me sentiria bem de estudar lá mais. Eu me senti constrangida e humilhada, além de sofrer muitos ataques (maioria com teor racista) após repercussão do caso. Como nunca houve posicionamento deles, me senti muito mal e largada por eles”, afirmou
Lívian teve o pedido de vaga de cotista indeferido após passar por uma entrevista presencial, no campus de Vitória, com a Comissão de Verificação de Autodeclaração que considerou que ela não possuía características do fenótipo negro.
“A candidata teve sua autodeclaração invalidada, pois não foi identificado em seu fenótipo um conjunto de características que, isoladamente ou em conjunto, a identifique como pessoa negra”, dizia o comunicado de indeferimento do pedido de vaga.