Construir foguetes em sala de aula? No Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Sertãozinho, as aulas de matemática, química e física resultaram em uma atividade curiosa que conquistou os estudantes. Com base em tudo que aprenderam nas disciplinas, eles desenvolveram protótipos e, agora, vão lançá-los de olho na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). A turma, supervisionada pelo professor de física Ailton Vasconcelos da Cunha, participa da 18ª Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), etapa escolar que habilita os melhores de todo o país para a OBA. Nela, os estudantes precisam construir e lançar pequenos foguetes a partir de uma base fixa ao chão e que devem percorrer a maior distância possível - o que hoje corresponde a algumas centenas de metros.
O objetivo é despertar nos alunos o interesse por astronáutica, física e astronomia.
Na sala de aula, eles usam garrafas retornáveis como matéria-prima. Outras peças podem ser feitas por impressão 3D, para tentar fazer com que o desempenho dos protótipos supere as expectativas.
O combustível usado é uma mistura, em qualquer proporção, de vinagre (com concentração de 4% de ácido acético) e bicarbonato de sódio (puro ou contido no fermento em pó).
O professor Ailton Vasconcelos da Cunha disse que os estudantes participam há três anos da Mobfog e os resultados têm alçado os jovens a voos mais longos. Em 2023, uma das equipes de Sertãozinho foi vice-campeã nacional no Rio de Janeiro.