Na esteira da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o mercado financeiro voltou a aumentar sua estimativa para a Selic no fim deste ano, e a projeção agora considera um resultado de dois dígitos - indicando a expectativa de proximidade de fim do atual ciclo de corte da taxa básica de juros.
De acordo com o boletim Focus, compilação semanal feita pelo próprio BC, a mediana das estimativas dos economistas passou de 9,75% para 10% - ante 9,5% há um mês. Já a projeção para 2025 foi mantida em 9%.
O mercado também piorou seus números para o rombo fiscal do governo, inflação e PIB no ano.
O banco americano Wells Fargo não vê espaço para novas reduções neste ano. "A volatilidade da moeda brasileira aumentou ao longo das últimas semanas, o que pode alimentar a inflação de serviços. Além disso, o governo Lula demonstra escorregar na disciplina fiscal, o que pode ser exacerbado pelo desastre natural em partes do País", avaliou o banco, em relatório.