O laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica que irá apontar o que matou o empresário Henrique Chagas após peeling de fenol numa clínica em São Paulo deverá ficar pronto em até 15 dias, informou o delegado que investiga as causas e eventuais responsabilidades pela morte do paciente.
"Os peritos do IML estão fazendo análises minuciosas e complexas para saberem de fato o que causou a morte dele", disse nesta terça-feira (11) Eduardo Luis Ferreira, delegado titular do 27º Distrito Policial (DP), Campo Belo, na Zona Sul da capital paulista. "O resultado do laudo deverá ficar pronto em até 15 dias".
A principal hipótese da Polícia Civil é a de que Henrique morreu por causa do fenol, produto químico usado para escamar a pele, fazendo com que ela rejuvenesça depois. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), o tratamento é invasivo e pode trazer riscos à saúde, como taquicardia. Por esse motivo, somente médicos dermatologistas podem fazer o procedimento.
Alguns peritos ouvidos disseram que Henrique pode ter inalado o produto, tido uma reação alérgica, se asfixiado e tido uma parada cardiorrespiratória. O paciente faleceu logo após o peeling, ainda dentro da clínica, no último dia 3 de junho.
Natalia Becker, dona o estabelecimento e responsável por aplicar o fenol em Henrique, foi indiciada pela polícia por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Ela responde ao crime em liberdade.