O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão em Pirassununga nesta quinta-feira (12) em mais uma fase da Operação 'Calliphora'.
Com o apoio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Baep), foram cumpridos mandados na casa do prefeito de Pirassununga, José Carlos Mantovani (União), no prédio da administração municipal e na casa do ex-secretário de Governo Luiz Carlos Montagneiro Filho.
O objetivo da operação é desarticular organização criminosa suspeita de desvio de recursos em contratos do Poder Executivo, investigando crimes de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva.
O chefe de gabinete da prefeitura, Vanderlei Facca, disse que as equipes vistoriaram documentos, arquivos pastas, mas não teriam levado nada.
A polícia informou que apreendeu um aparelho celular e diversos documentos, localizados na casa do ex-secretário de Governo. Segundo o capitão da PM Hamilton César Domingues, no total foram cumpridos três mandados na cidade. “Essa operação ela visa desarticular uma organização criminosa aqui no município envolvendo a prefeitura Essa organização teria desviado recursos públicos em licitações de lixo e de poda de árvore, bem como aí cometido crime de corrupção ativa e corrupção passiva”, explicou. De acordo com o chefe de Governo, o prefeito passou uma cirurgia na boca no dentista e já estava previsto que ele não trabalharia nesta quinta-feira. Ainda de acordo com Facca, o serviço da empresa investigada foi prestado na cidade até fevereiro. Desde então o serviço de limpeza e poda de árvores tem sido executado pelos servidores municipais. Após oito meses afastado da prefeitura por suspeita de fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, Mantovani voltou a assumir o cargo em agosto deste ano. Ele foi foi beneficiado por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após a investigação ser prorrogada por mais 180 dias. Mantovani foi alvo também de pedido de impeachment na Câmara, mas teve o processo arquivado. A mesma investigação afastou dois secretários municipais, o então superintendente do Departamento de Águas e Esgoto de Pirassununga (Saep) e a pregoeira do setor de licitações.