
(Foto: Reprodução/EPTV)
A dengue assustou a região em 2024, mas o ano que chega promete um cenário ainda pior nos casos da doença.
Uma das principais causas, segundo Fernando Belíssimo Rodrigues, infectologista da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, pode ter relação direta com o aquecimento global.
"Ao que tudo indica, existe uma tendência de se piorar e essa tendência se baseia em alguns fatores. O primeiro deles é o aquecimento global. Nós estamos, cada ano, batendo recordes de temperatura e, quanto mais quente o planeta fica, melhor fica para o mosquito em termos de reprodução". Fernando Rodrigues explica que o Aedes aegypti tem reprodução facilitada no ambiente quente, o que não acontecia anos atrás, quando os inversos eram mais rigorosos. De janeiro até o dia 26 de dezembro, Ribeirão Preto registrou 43.444 ocorrências e 21 óbitos. A população entre 20 e 39 anos foi a mais acometida.
Em Franca, no mesmo período, foram 9.524 casos confirmados e 20 mortes, e a população na mesma faixa etária de Ribeirão foi a que mais sofreu com a dengue. A cidade experimentou pela primeira vez os efeitos do vírus, que até 2000 não era tão presente assim.
Para o infectologista Homero Rosa, a situação deve se manter também em 2025.