Um levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de São Paulo apontou que Descalvado e Porto Ferreira (SP) estão em situação de alerta sobre criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya.
De acordo com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), feito entre julho e setembro pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Porto Ferreira (SP) tem, em média, dois criadouros por residência. Já Descalvado (SP) tem um criadouro para cada residência da cidade (confira abaixo tabela com outras cidades da região que integram a Diretoria Regional de Saúde de Araraquara).
A pesquisa classificou os tipos de recipientes que podem se tornar criadouros em:
De acordo com o levantamento, a maior prevalência de larvas do Aedes aegypti, é em recipientes móveis, chegando a um criadouro por casa vistoriada.
A classificação de um local como satisfatório, em alerta ou de risco é calculada com base no Índice de Infestação Predial (IIP). Esse indicador é calculado pelo número de recipientes com presença de larvas do mosquito em 100 imóveis pesquisados. Aqueles com índice até 1 são considerados satisfatórios; de 1 a 3,9 são alerta; e acima de 3,9 são de risco.
Porto Ferreira registrou 222 casos de dengue e dois de chikungunya este ano, todos no primeiro semestre. Desde 9 de julho, o município não registra casos da doença.
Segundo a chefe do Controle de Vetores, Claudia Beozzo, o município mantém uma rotina de visitas de casa em casa, com eliminação de criadouros e orientações e faz palestras educativas em creches, EMEIs, EMEFs, escolas estaduais e particulares e empresas para a conscientização da população.
Já Descalvado teve 50 casos de dengue e um caso de chikungunya até 20 de novembro. O G1 entrou em contato com a prefeitura que enviou um texto dizendo que o LIRAa foi realizado durante os dias 1 e 8 de outubro, e que foram visitados 574 imóveis distribuídos por topa a área urbana do município, escolhidos de forma aleatória, seguindo os procedimentos técnicos do Ministério da Saúde.
O texto diz ainda que o resultado apurado foi de 1,2, o que deixa o município na situação de ‘Médio Risco’ na escala de classificação para transmissão de dengue, zika vírus e febre chikungunya e que em janeiro deste ano, o resultado do levantamento foi quase dez vezes maior, com um índice que alcançou 11,7.
Dentre os bairros visitados, foram encontrados sete criadouros positivos, sendo cinco somente na região do bairro Santa Cruz das Almas. A equipe do Controle de Vetores também informou que alguns criadouros foram encontrados em pratos de vasos e plantas, de recipientes utilizados como depósitos de água pelos moradores, e de masseiras, que são aquelas “bacias” formadas por restos de cimento ou concreto durante construção ou reforma de imóveis.
Os municípios de São Carlos, Araraquara e Rio Claro (SP), que registraram milhares de casos de dengue este ano, tiveram índices considerados satisfatórios pelo estudo: 0,14; 0,42; e 0,65, respectivamente.
Municípios da região que integram DRS de Araraquara
Municípios | Índice de Infestação Predial (IIP) |
Américo Brasiliense | 0,00 |
Araraquara | 0,42 |
Boa Esperança do Sul | 0,00 |
Descalvado | 1,05 |
Dourado | 0,00 |
Gavião Peixoto | 0,00 |
Ibaté | 0,38 |
Matão | 0,53 |
Motuca | 0,57 |
Nova Europa | 0,38 |
Porto Ferreira | 2,11 |
Ribeirão Bonito | 0,41 |
Rincão | 0,89 |
Santa Lúcia | 0,00 |
São Carlos | 0,14 |
Trabiju | 0,00 |