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USP prevê desenvolver até 2021 uso de insetos, vírus ou fungos como alternativa ao agrotóxico

Publicada em 13/02/20 às 07:41h

por G1.COM


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 (Foto: 102esertaneja)

Criação de defensivos 'vivos' é foco de centro de pesquisa inaugurado nesta terça (11) em Piracicaba. Lançamento de insetos por drone nas lavouras garante alimentos 'mais limpos'.


Um centro de pesquisas inédito que realizará estudos para combate de pragas na agricultura com uso de insetos, fungos, bactérias e vírus foi inaugurado nesta terça-feira (11) em Piracicaba (SP).

A aplicação destes agentes de controle biológico nas lavouras poderá ser feita por meio de drones ou como se fossem inseticidas. Segundo pesquisadores, a técnica pode garantir alimentos "mais limpos", já que substituiria o uso de agrotóxicos.

Com sede na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o São Paulo Advanced Research Center for Biological Control (SPARCBio) pretende lançar produtos no mercado até 2021, segundo um dos pesquisadores.

O controle biológico é uma tecnologia que é estudada desde o século 20 para combate de pragas no campo com uso dos predadores naturais dessas pragas, como uma alternativa natural aos agrotóxicos. Entre os exemplos, está a soltura de insetos predatórios em uma cultura específica para combater algum inseto prejudicial à plantação.

Entre os objetivos do centro de pesquisas inaugurado em Piracicaba está trazer aprimoramentos e inovações para a técnica. De acordo com o SPARCBio, o ineditismo está no fato de ser a primeira unidade voltada especificamente para este tipo de estudo no país.

Outra intenção é estimular a produção em larga escala, já que hoje não há agentes de controle biológico suficientes para todas as lavouras do Brasil no mercado.

Como funciona?

  1. Em laboratório, pesquisadores avaliam macro ou micro-organismos (insetos, fungos, vírus ou bactérias, por exemplo) que possam controlar determinadas pragas em plantações
  2. Após a definição sobre qual agente utilizar, ele é solto naquela plantação
  3. Se for o fungo, vírus ou bactéria, por exemplo, ele é liberado como se fosse um inseticida
  4. Se for um inseto, há hoje em dia a possibilidade de soltá-lo com drone

Mais acessível

O SPARCBio tem como objetivo incentivar as pesquisas sobre essa tecnologia para tornar acessível aos produtores. Segundo o diretor e um dos maiores especialistas em controle biológico do Brasil, José Roberto Postali Parra, hoje cerca de 2% da produção utiliza a técnica para combate de pragas.

José Roberto Postali Parra, diretor da SPARCBio em Piracicaba — Foto: Gerhard Waller José Roberto Postali Parra, diretor da SPARCBio em Piracicaba — Foto: Gerhard Waller

José Roberto Postali Parra, diretor da SPARCBio em Piracicaba — Foto: Gerhard Waller

De acordo com um dos pesquisadores que vai atuar no SPARCBio, José Mauricio Simões Bento, as pesquisas serão voltadas principalmente para as culturas que causam mais impacto econômico no Brasil. "Podemos listar citros, cana-de-açúcar, soja e milho", exemplificou.

A intenção principal é fazer com que o controle biológico seja cada vez mais presente no combate às pragas e se torne acessível aos produtores.

"A gente imagina que com esse centro o país vai ganhar muito, porque nós vamos poder melhorar a qualidade dos nossos produtos e tornar mais competitivos, não só para o mercado interno como para a exportação", afirmou.

Ainda que estude o controle biológico, o pesquisador não condena os produtos químicos. "Reconhecemos todas as vantagens que já tivemos usando agroquímicos, quando utilizados de forma racional. A gente sabe que os produtos usados corretamente têm a segurança comprovada."

Alimentos mais 'limpos'

A principal vantagem é que o controle biológico não deixa vestígios na plantação, ao contrário dos produtos químicos. Segundo ele, isso é algo que é cada vez mais valorizado pela população.

"É inegável a mudança que tem ocorrido nos últimos anos. Hoje o mundo todo, a sociedade de modo geral, exige produtos mais limpos, com menos resíduos."

Sobre o prazo para que as pesquisas gerem produtos e de fato eles sejam comercializadas, Bento disse que existem estudos de curto, médio e longo prazo. "Nós já temos várias tecnologias que estão dentro do curto prazo. É esperado que já nesse ano, mais tardar no ano que vem, já estejam disponíveis para os produtores", estima.

O tempo de pesquisa é mais curto do que para o desenvolvimento dos agrotóxicos. "No caso de moléculas químicas, existe um processo regulatório que envolve registro do produto e, para que isso seja comercializado, precisa demonstrar que não há efeito nenhum sobre o ambiente, sobre os organismos, animais vivos", explicou.




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