De acordo com os moradores, a situação já estava ruim por causa do tempo seco e piorou desde que o dono da fazenda onde fica a lagoa instalou mais pivôs de irrigação. Cerca de 40 dias após os equipamentos começarem a operar, o açude está praticamente seco.

Apesar de estar numa propriedade privada, a água da Lagoa do Aterradinho é de uso público, regulamentado pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto de Casa Branca. A área total é equivalente a 30 campos de futebol e, nas últimas semanas, a água desapareceu num trecho de meio quilômetro.

O dono da fazenda não quis gravar entrevista e disse, por telefone, que só liga os pivôs de irrigação para a lavoura de batatas apenas uma vez por semana.

Para tentar solucionar o problema, os moradores pediram para que o dono da fazenda voltasse a fornecer a água, mas, até o momento, não tiveram uma resposta.

Enquanto isso, o produtor rural Osvaldo Cardoso busca alternativas para manter os animais vivos. Ele abriu uma cacimba, de onde brota água, para conseguir matar a sede das galinhas e dos porcos.

“Eu pego a água no balde para elas [as galinhas] sobreviverem. Os meus porcos estão lá em cima, então, fica dificultoso. Preciso pegar o balde e colocar na carriola para levar para os porcos que estão lá em cima. Não tem mais aquela água que a gente podia bombear”, explica Cardoso.