Mais de 50 presos
Durante a operação, 53 pessoas foram presas em cinco estados do Brasil. Entre elas, o Secretário de Saúde de Penápolis (SP), Wilson Carlos Braz, e o vereador de Birigui (SP) José Roberto Merino Garcia, conhecido como paquinha.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura de Penápolis e na Santa Casa de Birigui, que é administrada por uma Organização Social (OS).
A investigação para identificar a quadrilha durou mais de dois anos e foi concentrada na região de Araçatuba, pois o primeiro indício de irregularidade em contrato de saúde pública foi descoberto em Penápolis (SP).
“Começou aqui porque a primeira notícia que tivemos envolvendo irregularidades foi na região. Existem outras promotorias do estado de São Paulo que também investigavam o mesmo esquema. A gente foi se aproximando e trocando informações. Por isso chegamos a essa dimensão, de diversas cidades e até de outros estados”, diz a promotora do Gaeco, Flávia de Lima e Marcus.
Dinheiro apreendido durante a operação Raio X — Foto: Divulgação/Polícia Civil
De acordo com o Ministério Público e a Polícia Civil, foram cumpridos 237 mandados de busca e apreensão e 64 de prisão temporária em cinco estados do país.
“Eram feitas as licitações, o que indica, fraudulentas. Vencida a licitação, era feita a celebração de contrato de gestão entre a OS e município, aí tínhamos prestadores de serviço. Da OS passava o dinheiro para os prestadores, que no próximo momento, fazia o dinheiro retornar para os cofres da OS. Com isso, havia a lavagem de dinheiro depois, com a compra de imóveis e outros bens”, afirma o delegado Fábio Pistori.