O protesto, que aconteceu na ponte Ibicatu, foi organizado pelo Movimento Ecológico SOS Mogi Guaçu e coletou mais de 300 assinaturas em um abaixo-assinado que cobra medidas das autoridades pelo estrago do rio.
“A gente sofre na pele o mau cheiro todos os dias, o rio está acabado, nosso rio pede socorro”, afirmou o aposentado Antonio Donizete no protesto.
Uma das piores consequências da poluição é a mortandade de peixes.
“Eu chorava na beira do rio vendo aqueles peixes boiando na água por falta de oxigênio por causa da contaminação da água”, contou o aposentado Luis Cassiano Costa. Ele é morador do condomínio Araguai, bairro de Araras onde é possível ver o rio Arari, onde o esgoto de Araras é jogado, desaguando no rio Mogi Guaçu.
O presidente da associação SOS Mogi Guaçu, Antonio Carlos Pavoni diz que o problema se arrasta por anos.
“É um descaso, uma mortandade enorme de peixes e ninguém toma providência. Leme é a fossa de Araras e isso tem vindo de anos e anos”, afirmou.
Em entrevista recente à EPTV, afiliada de Rede Globo, o presidente do Serviço de Água e Esgoto do Município de Araras (Saema), Alexandre Castagna, disse que apenas 50% do esgoto da cidade é tratatado.
“A quantidade diminui de esgoto lançada no rio diminuiu e a ideia nossa é diminuir cada vez mais e trazer 100% para a estação de tratamento”, afirmou na ocasião.
O Saema disse, em nota que faz tratamento alternativo do esgoto com bactérias e que que busca viabilizar financeiramente a conclusão das obras da estação de tratamento de esgotos de Araras o mais rapidamente possível.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), informou que no último dia 12 de agosto, houve uma vistoria na estação de tratamento de esgotos de Araras em que foram aplicadas duas multas no valor de R$ 410 mil pelo lançamento de esgotos in natura.
Já a Superintendência de Água e Esgotos da Cidade de Leme (Saecil) informou que 100% do esgoto urbano da cidade são tratados e estão dentro da eficiência exigida pelos decretos estaduais.