A legislação brasileira é um dos grandes entraves no combate à criminalidade. Por vezes, o prende e solta favorece o infrator e desmotiva o policial. Manter os policiais nas ruas motivado e combater os crimes, reduzindo os índices no Estado de São Paulo, é um dos focos do novo comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Cássio de Freitas. Ele assumiu o cargo no início de fevereiro e um dos desafios é contornar o déficit de policiais nas ruas do Estado. A PM paulista possui pouco mais de 80 mil agentes, é o menor número desde 2006. A corporação tenta resolver o problema de forma emergencial, mas a solução só virá no médio ou longo prazo. A luz no fim do túnel é que já há ações efetivas para reverter a situação. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Cássio de Freitas, há em prática medidas que vão promover reformas estruturantes na área da segurança pública no Estado, sobretudo, na valorização do policial.
Ao ser perguntado sobre o que ele falou do caso de um bandido preso 13 vezes por praticar roubos e furtos no centro de São Paulo, um prende e solta. Como enfrentar esse sistema? o coronel Cássio de Freitas respondeu;
Nós, brasileiros, fomos nos acostumando com isso. Se você fala isso para um policial europeu, ele acha até que você está brincando ou que ele não entendeu direito. Mas, nós nos acostumamos. Como profissional de segurança pública isso é extremamente preocupante.
A legislação querendo dar a segunda chance ao criminoso, na verdade, ela está incentivando, condicionando o criminoso a continuar no crime. Nós sabemos o custo de manter uma pessoa presa, mas nós também sabemos o custo de não acontecer nada.