Uma única turbina usada na cogeração de energia elétrica faz parte de um sistema capaz de abastecer uma cidade de 50 mil habitantes.
A tecnologia pode ser conferida de perto na 28ª edição da Fenasucro, que reúne em Sertãozinho, equipamentos, serviços e conhecimentos voltados para a transição energética. O processo de cogeração, limpo e renovável, consiste em produzir energia elétrica com o calor a partir de uma fonte como o bagaço da cana-de-açúcar, abundante em regiões produtoras como o interior de São Paulo.
Em 2022, essa modalidade cresceu 4,5% e atingiu em todo o país uma produção de 20,4 gigawatts (GW), o que representa 10,8% da matriz energética brasileira, segundo a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).
A expectativa, de acordo com a instituição, é que em 2023 essa margem de produção se eleve ainda mais, entre 400 e 500 megawatts (MW).
De acordo com a Cogen, o bagaço da cana representa 60,3% de toda a capacidade instalada em cogeração no país, com uma capacidade instalada de 12,3 gigawatts de 386 usinas. Na turbina exposta na Fenasucro, é o vapor gerado pela queima desse insumo, em fornalhas instaladas nas usinas, que movimentam seu eixo e proporcionam a produção de eletricidade em quantidade suficiente para garantir as atividades de uma cidade do tamanho de Monte Alto (SP), por exemplo, enquanto o sistema estiver em funcionamento.